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Tudo sobre Chespirito: a série que retrata a vida de Roberto Bolaños

"Tinha que ser o Chaves mesmo!". A frase que virou meme, bordão e sinônimo de nostalgia está de volta! "Chespirito: Sem Querer Querendo" é a nova série documental que conta a história de Roberto Bolaños, o mestre por trás de personagens inesquecíveis. A produção estreia no dia 5 de junho na Max e, claro, pode ser assistida com todo conforto no UOL Play, sua TV online cheia de conteúdo para maratonar a qualquer hora.
Com oito episódios cheios de emoção, humor e bastidores inéditos, o documentário revela detalhes surpreendentes da vida pessoal e profissional de Roberto Gómez Bolaños. O elenco é formado por nomes de peso, incluindo Pablo Cruz Guerrero no papel principal, e até uma participação especial de Edgar Vivar, o Senhor Barriga.
Se você é fã da série do Chaves, prepare-se para viajar no tempo! Hoje, vamos te contar sobre os bastidores dessa nova produção, entender melhor quem foi Chespirito, conhecer o elenco, a data de estreia e, claro, como assistir tudo no UOL Play. Sigam-me os bons!
Quem foi Roberto Bolaños?
Roberto Gómez Bolaños nasceu em 21 de fevereiro de 1929, na Cidade do México. Filho do renomado pintor Francisco Gómez Linares e da secretária bilíngue Elsa Bolaños-Cacho, cresceu em um ambiente que misturava arte e disciplina. Desde pequeno, ele era apaixonado por esportes, especialmente futebol e boxe. Chegou a lutar profissionalmente durante a adolescência, mas a baixa estatura o fez pendurar cedo as luvas.
Estudou Engenharia Mecânica na Universidade Nacional Autônoma do México, mas nunca chegou a concluir o curso. Foi em um anúncio de jornal para uma vaga de redator publicitário que sua história mudou completamente. A escrita publicitária levou Roberto direto para o universo da televisão, onde começou como roteirista de programas e filmes ainda nos anos 1950.
Ele rapidamente ganhou fama pela versatilidade e rapidez criativa.E foi justamente nessa época que surgiu o apelido Chespirito, como uma forma carinhosa de dizer "pequeno Shakespeare" em espanhol. A alcunha foi dada pelo cineasta Agustín Delgado, que enxergava em Bolaños um talento literário fora do comum. O apelido pegou e virou sinônimo do seu legado artístico.
Em 1970, Bolaños fechou um contrato com a recém-criada Televisión Independiente de México, que lhe deu total liberdade criativa para criar, escrever, atuar e dirigir seus próprios quadros humorísticos. Nascia ali o programa Chespirito, de onde sairiam os personagens que o consagraram.
Em 1971, nasceu o personagem Chaves, um garoto órfão de oito anos que vivia em um barril e protagonizava as confusões mais inocentes e engraçadas de uma vila cheia de tipos extraordinários. Um ano antes, já tínhamos conhecido o Chapolin Colorado, o anti-herói vestido de vermelho, com anteninhas de vinil e sua inseparável marreta biônica, que enfrentava o mal com muito improviso e frases hilárias.
A popularidade dos personagens explodiu não só no México, mas em toda a América Latina, com destaque para o Brasil. Aqui, o SBT exibiu Chaves e Chapolin por décadas, conquistando crianças e adultos com um humor simples, cheio de inocência e crítica social. Quem nunca ouviu o clássico "ninguém tem paciência comigo!" ao lado da avó, ou riu das trapalhadas do Seu Madruga e do Quico?
Mas o talento de Roberto Bolaños ia muito além do que víamos nas telas. Ele foi dramaturgo, roteirista, ator, produtor, diretor, compositor e poeta. Escreveu livros, músicas de novelas, roteiros de cinema e teatro. Suas turnês com os personagens esgotavam ingressos em estádios de futebol e seus programas foram dublados em mais de 50 idiomas, exibidos em mais de 120 países.
Na vida pessoal, ele se casou duas vezes e teve seis filhos. Seu segundo casamento foi com a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda, com quem viveu até o fim da vida.
Roberto Gómez Bolaños faleceu em 28 de novembro de 2014, aos 85 anos, em sua casa em Cancún. Sofria de diabetes e doença de Parkinson. Seu velório, realizado no Estádio Azteca, teve milhares de fãs vestidos como seus personagens. Um adeus comovente e digno de quem foi (e continua sendo): um dos maiores ícones da televisão mundial.
Mas, afinal, quem foi Chespirito?
Se você cresceu assistindo Chaves e Chapolin Colorado, talvez nem sabia que o programa original se chamava, na verdade, Chespirito. Era uma atração de esquetes curtas criada por Roberto Bolaños, que estreou em 1970 na televisão mexicana. Ali, o público conheceu pela primeira vez o menino do barril e o herói atrapalhado.
No México, todos os personagens faziam parte do mesmo programa, com diferentes quadros semanais. Já no Brasil, a televisão resolveu separar os conteúdos e criar títulos distintos. Foi assim que nasceram "A Turma do Chaves" e "O Chapolin Colorado", dois fenômenos à parte que atravessaram gerações.
Na vila do Chaves, cada morador tinha seu charme: o caloteiro Seu Madruga, a mandona Dona Florinda, o romântico Professor Girafales, a mimada Pópis, o barrigudo (e sensível) Senhor Barriga, a temida Bruxa do 71 (ou Dona Clotilde), o exagerado Quico e, claro, a esperta e carismática Chiquinha. Todos viviam entre tapas, beijos, sanduíches de presunto e aulas confusas com muito amor por trás das broncas.
Mas o universo de Chespirito não se limitava à vila ou ao herói. As anteninhas de vinil sempre acabavam "detectando a presença do inimigo", com uma galeria de vilões inesquecíveis, que marcaram os episódios do Chapolin Colorado com muito carisma e trapalhadas engraçadíssimas.
Entre os mais famosos está o temido Racha Cuca, um pistoleiro impiedoso do Velho Oeste, interpretado por Ramón Valdés. Pai da bela Rosa, a Rumorosa, ele é conhecido pela malícia e emboscadas geniais. Já nos sete mares, quem reinava era o Pirata Alma Negra, que ostentava um tapa-olho só por estilo (não era nem caolho!) e era capaz de trair até a própria tripulação em busca de ouro.
Outro clássico das encrencas é Tripa Seca, um contrabandista trapaceiro, líder de uma gangue formada por Quase Nada (Carlos Villagrán), sempre mal-humorado, e outros bandidos igualmente caricatos. Teve ainda o Cientista Louco, com suas invenções sem sentido; o ladrão disfarçado de nobre Conde Terra Nova; a bruxa vingativa Baratuxa; os engraçados Marcianos; o gigantesco e desajeitado Bebê Jupteriano e até o malfeitor Poucas Trancas, que derrotou Chapolin e Super Sam em um só episódio!
Com mais de 690 episódios só na segunda fase, o Programa Chespirito se tornou uma das maiores produções de comédia da história da televisão latino-americana. Misturava gêneros, personagens e referências com leveza, ensinando que o humor pode ser simples e genial ao mesmo tempo. É como diria o próprio Chapolin... "não contavam com a minha astúcia!".
Qual o tema da série Chespirito?
Chespirito: Sem Querer Querendo é uma série sobre a vida de Roberto Gómez Bolaños em uma viagem empolgante e reveladora pelos bastidores da televisão mexicana para mostrar o homem por trás do riso.
Com oito episódios, a série mostra desde os primeiros os de Bolaños como roteirista até o auge do sucesso como ator e criador de um dos maiores fenômenos da TV mundial. Você vai descobrir como surgiram figuras como Chaves, Chapolin, Dona Florinda, Seu Madruga, Professor Girafales e tantos outros - e, claro, conhecer os conflitos e tensões que existiam nos bastidores da fama.
Com uma abordagem íntima e divertida, o documentário revela como eram as gravações, as relações de amizade e os desentendimentos do elenco, os dilemas pessoais de Bolaños e a pressão de manter tantos sucessos no ar por tanto tempo.
Chespirito: Sem Querer Querendo mostra como a criatividade, o improviso e o carinho do público se uniram para criar algo atemporal, que ainda hoje encanta crianças e adultos, e se tornou uma das maiores (e melhores) heranças da cultura pop latino-americana.
Quem vai interpretar Roberto Bolaños?
Para dar vida ao criador de tantos personagens, a série escalou Pablo Cruz Guerrero como Roberto Gómez Bolaños. Ele é o responsável por interpretar tanto o homem por trás das câmeras quanto suas criações mais famosas. Pablo assume o desafio com sensibilidade e entrega e, pelo que já vimos no trailer, vai encantar até os fãs mais exigentes.
Mas ele não está sozinho! O elenco traz nomes escolhidos a dedo para representar as figuras centrais da história. Bárbara López interpreta Margarita Ruíz, uma personagem inspirada em Florinda Meza, atriz que viveu Dona Florinda e foi companheira de Bolaños na vida real. Miguel Islas assume o papel de Ramón Valdés, o eterno Seu Madruga - e só isso já vale a maratona!
A série também apresenta Juan Lecanda como Marcos Barragán, baseado em Carlos Villagrán, o intérprete do Quico; Paola Montes de Oca como María Antonieta de las Nieves (a nossa Chiquinha); Arturo Barba como Rubén Aguirre, o Professor Girafales; Andrea Noli como Angelines Fernández, a assustadora Bruxa do 71 (opa, Dona Clotilde!), e Eugenio Bartilotti como Edgar Vivar, que brilhou como Senhor Barriga e Nhonho.
E para deixar tudo ainda mais especial, a série conta com uma participação para lá de simbólica: o próprio Edgar Vivar aparece no papel de Agustín Delgado, o cineasta que batizou Bolaños com o apelido "Chespirito". É aquele tipo de detalhe que aquece o coração dos fãs.
Quando será a estreia de Chespirito: Sem Querer Querendo?
A contagem regressiva já começou: a série estreia no dia 5 de junho de 2025, com episódios lançados semanalmente, às quintas-feiras, na Max.
Curiosamente, a estreia chega quase exatos 41 anos depois da primeira exibição de "Chaves" no Brasil, que aconteceu em 24 de agosto de 1984, pelo SBT. Foi nesse dia que o menino do barril e sua turma conquistaram de vez o público brasileiro.
Ou seja: se você cresceu ouvindo "isso, isso, isso!", já pode preparar o sanduíche de presunto e o sofá. A nova série promete ser um reencontro comovente com tudo aquilo que fez parte da sua infância, agora com um olhar mais maduro, tocante e cheio de histórias que a gente nunca viu.
Onde assistir a série Chespirito?
Ainda não sabe onde vai assistir à nova série? "Palma, palma, não priemos cânico!". A melhor forma de acompanhar Chespirito: Sem Querer Querendo é pelo UOL Play, com o ao catálogo completo da Max e muito mais.
Com uma única , você também tem o a séries premiadas como The Last of Us, o documentário da incrível Rita Lee: Mania de Você e até os jogos da UEFA Champions League. É ou não é o combo perfeito de entretenimento?
Então já sabe: se bateu aquela dúvida se vale a pena conferir, lembre-se: "teria sido melhor ir ver o filme do Pelé"? Nada disso! O melhor é o UOL Play + Max e assistir de camarote à história do comediante que marcou gerações. É só dar o play e se emocionar sem querer querendo!